terça-feira, 14 de setembro de 2010

O olhar como espelho de outro olhar

'Alguma coisa nova que me faça acreditar, que aquela luz não é ilusão.
Que o palco não ficou solitário e nem que os textos tenham voado até cairem no chão.
Que a corda ainda esteja alí, a fazer com que a cortina permanessa aberta e aquele nariz redondo e vermelho ainda tenha cor.
Que á frente haja um jardim, quero ver nas alturas borboletas, flautas e o amor;
e quando nos deitarmos na grama veremos a vida a partir da nossa imaginação.
Quero algo pra fazernos duas crianças novamente; algo pra crescer. O jardim florido à nossa frente como platéia, para que possamos desvenda-lo com sorrisos e abraços.
Adultos saltaremos de mãos dadas daquele palco, e cairemos alí sobre as flores crianças, depois transformaremo-nos em amantes, depois companheiros já velhos pelo escoar da ampulheta e pelo raiar da estrela maior sobre a pele.
-'Eu te imagino assim, sempre ao lado meu'.
E aquelas flores amarelas hão de abençoar e traduzir toda a luz sobre o beijo que ilumina, e ao cantar dos pássaros se torna prece.
Nos vejo alí.
[Tu é a casa, a casa da minha alma aonde eu quero repousar],
Repouse também em mim, a tua alegria, aquele teu olhar.
Seremos então, uma luz só!
E a gente se encontra.'


(C.M.P - Vuldibite Ranota Leso).

Nenhum comentário:

Postar um comentário