terça-feira, 18 de maio de 2010

Vem devagar

Como que pôde revivar tudo?
Esquecer de mim mesma a força que tinha criado.
Inventando. Existindo.
Zero de novo. E Tudo de novo.
E o vento sopra, partes minhas para longe
.desintegra.
e mesmo assim trás felicidade;
e mesmo assim quem é vida se torna morte e depois vida e morte, e as duas juntas; sempre juntas, e no final tu sempre descobre que é vida. Que da morte nasce vida. Que ainda se faz importante, mesmo que te morrendo, te matando. Te dando tapas de luva e te fazendo acordar pra você, somente pra você e pra vida. Ensinando-me a te amar e a me amar.
No início a gente só se ama, depois nos esquecemos um pouco de nós mesmos, e amamos a outra pessoa, e depois nos amamos de novo. A gente sempre acaba se amando.É a gente sempre com a gente. A pessoa mostra que no nosso caminho há ela alí para completar, o que a gente é, o que a gente já nasce sendo e adquire; e que devemos gostar principalmente de nós mesmos.
Por mais mentiras que sejam inventadas atravéz dos séculos. Sempre serás a parte importante. Me ensina a viver, de todos os modos, me ensina.

Um dia me mostraram que quando o vento saí, ele é vermelho.
E descobri que quando ele chega, é azul. Veia e artéria. As duas juntas!
Por favor vento não rouba nada, deixa como está. Apenas traga o teu vermelho?!
Sim, leva o azul. Não gosto de azul. É o azul que chega?
Mas eu quero o azul saindo, quero o azul lá em cima e aquele vermelho chegando, habitando, sorrindo.
Crescendo, crescendo.
E que o tempo em uma praia vazia se encontre, um local sossegado para conversar. Já como Vendavais!
Encontrar, me encontrar, te encontrar num lugar seguro. Eu pensei que a gente não sentisse, e sente.Pensei que não demorava, e demora. Que não desmoronava, desmoronou. Pensei que não falharia, por pensar já estar 'segura', e eu falho, e não estou segura.Depende do dia as lembranças teimam em se comportar como placas tectônicas; e sucumbo, e esqueço de tudo, tudo que disse que não ia esquecer. Aquele meu forte; E em outros momentos as lembranças são as paisagens mais bonitas que eu já pude ver, então sorrio, sem o chorro dos terremotos. Todas as coisas que eu criei, toda fênix que imaginei.
Eu que pensei que isto, o renascer das cinzas se seguia.E ela ta fraca. Mas fênix renascem de mil em mil anos; e eu vou até o olimpo buscar novamente a minha.
Por mil anos ninguém saberás sobre mim, e durante cada dia estarei renascendo.
E quando chegar, não me revirará e nem irás me desintegrar...
Tu só irás me completar.

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